domingo, 15 de abril de 2018

CAPÍTULO 4
         Assim saímos pra tomar café. Sou convocada a uma reunião com o Dr. Kinglsley, o verdadeiro diretor do hospício. Esperando na sala dele, o ouço no banheiro, confrontando alguém pelo telefone. Algo sobre a liberação de algum paciente, alguém em risco.
          Depois da reunião com o Doutor fiquei pensando que paciente seria esse que vai ser liberado da ilha, se for o Igor, o amor da minha vida, já estou imaginando nós dois juntos, numa casa perto da praia com nossos filhos. Quando vou falar com Igor sobre isso ele parece não ter gostado, não sei porque para mim parecia uma notícia muito boa. Depois de nós conversarmos ele falou que não gostava de mim e que nunca gostou. Minha cabeça subiu, meu nível de insanidade aumentou, nunca achei que fosse falar isso, mas eu estava ficando louca. 
          O que Igor disse havia me afetado de alguma forma e percebi que havia algo errado. Entã, apesar dos remédios tomados diariamente, as tonturas não passavam e comecei a ter sonhos estranhos que começaram a consumir meu dia. Tive que tomar uma atitude: dobrei a quantidade de remédios. Não sabia se faria alguma diferença , mas precisava tentar. Muito pelo contrário, os sonhos só pioraram e durante o dia comecei a me isolar, ficava sozinha no meu quarto. 
          Em um dia qualquer Igor me disse que teríamos uma visita que me faria bem. E ao meio dia o visitante chegou, algo me consumiu e tudo ficou preto: fiquei desacordada por 4 horas e durante esse sono profundo eu via tudo, passou como um filme pra mim.

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