domingo, 15 de abril de 2018

CAPÍTULO 5
          Eu estava realmente apaixonada pelo diretor do hospital: Dr. Kingsley e Igor, meu verdadeiro amor, ele havia sido liberado faz 2 anos, 3 anos depois de nós sermos internados. O tal paciente do qual estavam falando era eu.Tudo estava saindo do controle e minha falsa paixão pelo dr. Kingsley só aumentava, e isso preocupava a todos.
    Quando já tinha me recuperado do acidente fui ao encontro do visitante, cuja a identidade foi o motivo do meu desmaio. Era ele, pensei que não veria-o nunca mais, mas lá estava ele. Igor havia mudado tanto, por pouco não o reconhecia.
     Após a minha recuperação e a certeza de que já estava livre de loucura me tornei a co-diretora do hospital, ou deveria chamar hospício? Igor ficou na ilha para me ajudar na papelada e assim tudo voltou ao normal, só o Dr. Kingsley que deixava algumas dúvidas: logo ele, o mais longe de qualquer insanidade já vista naquele hospício começou a mudar e até hoje não se sabe a exata causa, mas as vezes ele pede para que o chamem de Igor: seu verdadeiro nome. Quando me vê junto a Igor, me da um estranho olhar, de como se quisesse algo...

CAPÍTULO 4
         Assim saímos pra tomar café. Sou convocada a uma reunião com o Dr. Kinglsley, o verdadeiro diretor do hospício. Esperando na sala dele, o ouço no banheiro, confrontando alguém pelo telefone. Algo sobre a liberação de algum paciente, alguém em risco.
          Depois da reunião com o Doutor fiquei pensando que paciente seria esse que vai ser liberado da ilha, se for o Igor, o amor da minha vida, já estou imaginando nós dois juntos, numa casa perto da praia com nossos filhos. Quando vou falar com Igor sobre isso ele parece não ter gostado, não sei porque para mim parecia uma notícia muito boa. Depois de nós conversarmos ele falou que não gostava de mim e que nunca gostou. Minha cabeça subiu, meu nível de insanidade aumentou, nunca achei que fosse falar isso, mas eu estava ficando louca. 
          O que Igor disse havia me afetado de alguma forma e percebi que havia algo errado. Entã, apesar dos remédios tomados diariamente, as tonturas não passavam e comecei a ter sonhos estranhos que começaram a consumir meu dia. Tive que tomar uma atitude: dobrei a quantidade de remédios. Não sabia se faria alguma diferença , mas precisava tentar. Muito pelo contrário, os sonhos só pioraram e durante o dia comecei a me isolar, ficava sozinha no meu quarto. 
          Em um dia qualquer Igor me disse que teríamos uma visita que me faria bem. E ao meio dia o visitante chegou, algo me consumiu e tudo ficou preto: fiquei desacordada por 4 horas e durante esse sono profundo eu via tudo, passou como um filme pra mim.

CAPÍTULO 3
          Bom, depois de escrever tudo isso, me parece que ele não se livrou totalmente de sua loucura. Todos os dias nós enfermeiros temos que tomar remédios para que a loucura dos pacientes nos afete de alguma maneira, ou pelo menos é isso que eu ouvi. Outro dia, por descuido, me esqueci de tomar o meu e por algum motivo me senti tonta, deslocada e um tanto fora de mim. Não reconhecia mais ninguém, inclusive Igor. Eu estava sozinha, ou pelo menos eu pensava estar. Acho que desmaiei, mas como já era noite, não posso afirmar. Eu estava cansada e já deitada na cama.
          Acordei no dia seguinte com uma forte batida na porta. Igor desejava falar comigo. Aparentemente ele tinha esquecido de me devolver um livro. Um livro que até onde eu me lembro, ele me deu nos nossos dias de namoro, antes dessa ilha aparecer em nossas vidas ou qualquer acidente nos afetar. Mas Igor não parece se lembrar disso...

O livro conta uma história de amor entre dois doentes, estes que superam a tortura e se amam felizes para sempre. Acredito que Igor superará sua doença, e que assim nos tornaremos tão felizes quanto se diz no livro, afinal, o presente foi ele quem me deu.

CAPÍTULO 2
          Esta ilha deixa qualquer um louco, se não fosse meu afeto por Igor eu já estaria em um desses quartos, e se não fosse meu cuidado, talvez ele nem estaria mais aqui, já teria desistido. Ele se afeiçoou a mim, após minha chegada ele nunca mais teve ataques ou ilusões. Ele já está bem, precisa sair daqui o mais rápido possível, ele não é louco, eu juro.
Apesar do nosso amor, as vezes ele nega até ter me conhecido, um absurdo de fato. Tudo o que lhe falta é assumir quem realmente é: Igor acha que é diretor do hospital e fala que seu nome é Dr. Kingsley. Fala também que está lá para cuidar de nós, mas eu sei que ele vai se recuperar totalmente e que vai se lembrar do nosso amor. 

          Eu sei que pode parecer um tanto estranho e de fato tem sido difícil para mim, afinal nos conhecemos há muito tempo e já vivemos muitas coisas juntos.  O mais surpreendente que Igor já me disse é que isso tudo não passa de uma ilusão e que já é a terceira vez em 4 anos que eu invento essa história de que somos apaixonados, como se fosse um ciclo que terminasse em algum lugar e começasse tudo outra vez.
CAPÍTULO 1
          Meu nome é Joana, sou enfermeira de um dos mais famosos hospitais psiquiátricos. Trabalho aqui há vários anos e conheço todos os pacientes. Não tenho uma boa relação com todos, apenas com um, Igor, um grande amigo.

          Nossa relação começou com amizade, depois foi nascendo um sentimento maior, acabei me apaixonando por ele.
Igor estava lá porque havia tentado matar seus 4 irmãos, colocando fogo na casa enquanto eles dormiam. Só não conseguiu porque os bombeiros chegaram a tempo. Ao longo do tempo, com a minha ajuda presença, Igor foi recuperando sua sanidade. Quando comecei a trabalhar aqui, ele completava 3 anos nessa ilha, hoje eu completo 4.

quarta-feira, 11 de abril de 2018


    Analise do filme:
    O filme “a Ilha do Medo” protagoniza o personagem Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) que representa um detetive que vai em busca de respostas sobre um caso isolado em uma ilha, onde uma mulher, que vivia em um hospício, fugiu.
     O detetive apesar de ter perdido sua esposa há algum tempo, continua tendo ilusões e sonhos sobre ela, que refletem em sua investigação. Ao longo do filme são identificadas novas ligações entre os personagens e pistas do final surpreendente, que é esclarecido pelos  próprios personagens.
     O protagonista vive um conflito interior em relação a sua história e identidade que nos leva a um caminho transversal ao início da trama, se tornando assim o conflito central.
    A partir do momento em que Teddy começa a ser questionado sobre certas situações dentro do hospício, cria-se uma paranoia em relação as personagens a sua volta, começam a surgir duvidas de tudo e de todos.
    A narrativa cinematográfica apresenta aspectos psicológicos que giram em torno das emoções e dos conflitos internos do protagonista, confundindo a realidade com o irreal em um estado minimamente perturbado em que se encontra.
    Seus pensamentos são mais explícitos quando determinados recursos são usados, tais como: suas ilusões, suas mudanças drásticas de humor, suas paranoias, sua fixação com o Laeddis, aspectos naturais relacionados com seu interior e sua demonstração de sentimentos em relação a água.